quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Autocontrole

Das coisas que eu deveria escrever e os cigarros que fumo.
Dos sentimentos, palavras e ações que eu coloco para fora a cada trago.
No fim do cigarro, já me encontro vazio, acabado.
Penso em fumar outro. Talvez mais um me deixe enjoado.
Evito. Escrevo. Desisto. Acendo outro cigarro.
Estou nauseado.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Despedida


O amor me virou as costas em uma tarde quente de verão. Mal me disse adeus.
Chamei. Gritei. Chorei.
O amor não ouviu.
O amor foi-se deficiente- Surdo.
Eu vi o amor se afastar de mim e sumir no horizonte.
Então me deparei comigo mesmo sentado no alto daquela rocha contemplando o horizonte que se fazia findar na sua própria linha.
Quem estava de costas agora era eu: de costas, sentado no cume daquela rocha, admirando o grande nada.


O amor não me ouvia, mas também, eu não o enxergava mais.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Acomodar

Tem uma máxima que diz: Como você quer arrumar sua vida se não consegue nem arrumar seu quarto?
Eu, tolo, segui sábias palavras.
Bom, pelo menos eu achei meu livro do Quintana.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Eu queria uma reza boa para te afastar, acabou que quem se aproximou fui eu.

Por todas as lágrimas que eu já chorei.
Por todas as que eu não consigo chorar agora.
Por todos os pedaços, tão pouco colados, do meu coração diversas vezes partido
Pelo seu coração que eu, vítima-algoz, quebrei.

Eu
Vítima-algoz
Vítima e algoz de todas as pessoas que passaram na minha vida.
De mim mesmo.
De você.

Você-eu.
Eu e você.
Eu, você e todos os meus demônios refletidos na sua face.
Meu desespero.
Meus demônios todos pagos.
O preço foi você.



quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Mas se ele ama, ele canta.

Lenon gosta de cantar mas não sabe. Ele canta quando está sozinho, escondido. Quando acha que ninguém vai ouvir. Talvez ele pense que cantando suas tristezas embora irão, e que os seus amores, de longe, sentirão sua melodia.

If I fall will you catch me?


A vida me trouxe aqui. Me trouxe aqui e assim. Estou parado em frente a este precipício que é você e não nego, temo em pular. Não consigo me mover. Não permito. Olho para baixo e te vejo. Sinto essa energia me puxando, a cinética nunca foi tão arriscada. Temo. Minha vida me trouxe aqui e assim, minucioso. Não posso assentir. Não, não de novo. Mas essa vontade de cair aumenta. Você me puxa, me puxa.

If I fall  in love will you catch me?


domingo, 5 de janeiro de 2014

O ateu nosso que estás no Céu

Não da parte do Eu
Nunca da parte de Deus
Eu sou o meu deus
E Deus é só meu

Pra quem eu clamo quando saio de casa?